Por Alan Medeiros
Se hoje muito se fala sobre a importância dos núcleos na cena curitibana, muito disso se deve ao trabalho de Paulo Pires e sua crew junto a moove. A marca que nasceu em 2008 já fomentou e muito o crescimento do cenário eletrônico na capital paranaense, seja através dos inúmeros eventos que já realizou ou das diversas turnês em solo nacional com artistas como Audiojack, Daniel Bortz e Jimpster nas quais esteve envolvida. Após um hiato de festas em sua cidade natal, a moove retorna a Curitiba com fôlego novo e olhares otimistas em relação ao futuro.
Uma série de novidades aguarda o público que irá comparecer ao evento do próximo sábado. No line up, estreias empolgantes como a da curitibana Barbara Boeing – que vem desenvolvendo um ótimo trabalho com a Alter Disco – e o duo DoNeck, que desempenha função de headliner na festa. O local também é inédito e uma das principais novidades para essa edição. O Espaço Guairacá Cultural é localizado no coração de Curitiba e possui uma atmosfera que casa perfeitamente com a proposta da moove.
Para irmos esquentando os motores para sábado, conversamos com Lucas e Marcelo, que formam o duo DoNeck. Eles falaram sobre o relacionamento com a moove, importância dos núcleos e próximos releases. Confere aí!
Atente-se: a moove rola a partir das 14h e acaba pontualmente as 23h. Chegue cedo e aproveite ao máximo. Mais infos no evento oficial do Facebook.
1.Olá Lucas e Marcelo! Obrigado por falar conosco. A musica é uma realidade muito presente na vida de cada um de vocês. Contem pra gente como foi que ela uniu vocês profissionalmente.
Olá, obrigado vocês pelo convite. Um já conhecia o trabalho do outro há um tempo, mas não nos conhecíamos pessoalmente, até que após algumas idas e vindas ao centro de São Paulo para ir ao D-EDGE nos encontramos e rolou uma sintonia de referências e influências, conversando sobre gostos decidimos marcar de produzir junto, desde então a sintonia segue em sempre buscar nossa própria identidade tanto nas produções como tocando também.
2.No próximo dia 25, vocês se apresentam na moove, em Curitiba. Sabemos que o DoNeck possui uma relação bem bacana com outros nucelos independentes que contribuem para a evolução da musica eletrônica no Brasil. Na visão de vocês, qual a importância dessas marcas para a cena?
A moove foi um dos primeiros núcleos a influenciar o DoNeck com seus podcasts e desde então a gente vê essa relação e a importância desses núcleos como essenciais para o crescimento de uma cena mais desenvolvida musicalmente, principalmente agora que os núcleos estão com força total investindo em sound system, line up, locações, etc. Acredito que com núcleos mais dispostos a trazer novidades e prezar por qualidade, o público fica mais critico e exigente e com isso se faz uma cena mais séria.
3.A Discografia do DoNeck é composta principalmente por EPs, certo? Apesar desse tipo de lançamento ser relevante, um álbum reflete um momento importante na carreira de um artista ou projeto. Vocês pensam em trabalhar algo desse porte em breve
Estamos nos encontrando ainda na nossa identidade, acredito que um álbum seria legal para contar uma trajetória longa de evolução, temos alguns sons guardados e tivemos umas conversas sobre um álbum com essas tracks, mas ainda não sentimos que está completo. Com certeza quando rolar esse sentimento vai acontecer algo bem diferente dos temas dos nosso EPs.
4.Fale um pouco do relacionamento de vocês com a sudd records
A sudd tem sido um empurrão forte em nossa evolução. Estar no meio de nomes tão significativos para a gente é bem motivador. Ale Reis e Renee sempre fizeram um ótimo trabalho em todos os projetos que executam e com isso tem nos ajudado bastante nas produções.
5- É possível perceber no Brasil que estamos passando por um momento de mudança, onde boa parte do publico esta disposta absorver novidades na pista. O que ainda falta para que nossos line ups e eventos comecem a apostar em artistas fora do obvio?
Acredito que essa mudança está ocorrendo mesmo, mas agora o que falta é tempo e paciência. Tem muitos núcleos que estão fazendo um trabalho incrível, detroitbr, Subdivisions, TROOP, WAN, 4finest, Crema entre outros. Eles estão reeducando certas regiões e com isso vem o amadurecimento musical que torna o publico mais critico. Após isso, os clubs devem apostar fora do óbvio e fazer com que artistas de qualidade apareçam em seus line ups.
6. Qual expectativa de vocês para o próximo dia 25 e como surgiu o convite para tocar na moove?
Expectativa é grande por ser a primeira vez em Curitiba, por ser na moove e por saber que tem uma galera que conhece e acredita no nosso projeto lá. Isso só da mais animo em querer mostrar um set muito especial. Estamos bem ansiosos para esse sábado.
7. Novidades, gigs, lançamentos… O que pode pintar ainda esse ano?
Voltando de Curitiba tocamos dia 02/07 na Clan.dancestina em São Paulo e depois voltamos a produzir o nosso próximo EP que ira ser nosso segundo 12”.
8. Para finalizar, uma pergunta pessoal. Aonde vocês imaginam o DoNeck daqui 5 anos? Obrigado pela atenção
Dentro do estúdio ensaiando o nosso live juntamente com uma banda, porque não? [risos] obrigado vocês pelo convite